Cultura milenar do Japão em uma das avenidas mais famosas de São Paulo

O que há de mais moderno em arte, design, gastronomia, tecnologia e negócios do Japão, em plena Av Paulista.

Japan House é a ponte entre o Brasil e o Japão. Angela Hirata. 

Criada pelo governo japonês, a Japan House é um intercâmbio intelectual entre o Japão e o resto do mundo. E o governo japonês prevê investir US$30 milhões até 2019. Japan house é só o início de grandes inaugurações na Avenida Paulista, ainda terá Instituto Moreira Salles e um Sesc.

A essência da JAPAN HOUSE é ser surpreendente a cada dia. Um local equilibrado, inovador e diferenciado.

SÃO PAULO foi uma das três localidades escolhidas, juntamente com Londres, na Inglaterra, e Los Angeles, nos Estados Unidos, para receber a Japan House.

Nos 2 500 metros quadrados do prédio de três andares, há espaços expositivos para mostras de arte, biblioteca, lojas, restaurante, cafeteria, auditório, salas para reuniões comerciais e workshops de assuntos diversos relacionados à nação asiática, de medicina a sustentabilidade.

Em cartaz pude conferir a mostra Bambu — Histórias de um Japão, com cerca de cinquenta peças feitas com a planta. Há pelo menos 6 000 usos catalogados para o material, desde instrumentos de caça até utensílios para lavar arroz. 

O espaço ainda conta com lojinhas, café e restaurante. Claro que fui visitar a Loja Madoh, especializada em ingredientes regionais. Tem a  Furoshiki também, que foi batizada com este nome em homenagem ao lenço japonês que pode ser amarrado em formato de bolsas e embalagens. 

Essas cestas lindas são de papel, os cestos são embalados retos como folhas.

O local mais incrível de todos os tempos. 

Loja fantástica com saques, produtos, comidinhas, livros e outros  itens que ainda não estão à venda. 

Na estante, alguns livros e saques! 

Livros (por enquanto) são apenas para consulta. Breve aceitarão encomendas. 

A imersão na cultura japonesa se dá também pela culinária presente no local. Com restaurante do chef Jun Sakamoto. No Junji Sakamoto, os destaques são os teishokus, refeições completas servidas em bandejas. A versão de tonkatsu, o lombo de porco empanado, inclui conservas, guioza e missoshiro, por 70 reais

No Imi Café, temos no menu chás e doces japoneses, como a Tortinha de ganache de chocolate com 54% de cacau e creme de queijo mascarpone (14 reais) finalizada por uma camada de matchá, o chá-verde. 

Em minha primeira visita, tomei um café para acompanhar a deliciosa carolina recheada com creme de favas de baunilha.

Depois voltei para experimentar o chá verde(copo individual) que pode ser degustado em dose maior, será servido em um bule. Provei o bolo de morango com chantilly fresco, que estava muito leve e saboroso. 

O doce mais pedido, ainda é a Tortinha Ganache Matchá Mascarpone.

No primeiro dia Japan House recebeu quase 5 mil pessoas, na primeira semana mais de 30 mil pessoas passaram pelo Centro Cultural. Um local para vivenciar educação, elegância, modernidade e cultura. Voltarei mais vezes.

JAPAN HOUSE 
Av Paulista, 52
Telefone(11) 3090 8900
$$$

Read More

Almoço afetivo em palacete de 1910

Palacete Tereza Toledo Lara é um edifício tombado pelo patrimônio histórico, localizado no número 22 da Rua Quintino Bocaiuva, com laterais para as ruas Direita e José Bonifácio no centro de São Paulo, Brasil. Foi projetado por Augusto Fried, arquiteto alemão, que fez obras diversas na cidade de São Paulo. Hoje abriga Casa de Francisca oferece pequenos shows instrumentais de artistas com trabalhos próprios em jazz, chorinho, MPB e um cardápio com opções deliciosas e reconfortantes.

1910 foi o ano da construção do edifício, de arquitetura eclética, ideia inicial era ter um prédio de escritórios e comércio no térreo. O Palacete é um dos imóveis da Zona de Preservação de Imóveis de Caráter Histórico, Artístico, Cultural e Paisagístico da Área Central de São Paulo, do ano de 1977. O tombamento prevê que toda a área interna e externa do edifício seja preservada devido à sua antiguidade e à sua importância arquitetônica.

 O prédio permanece até os dias atuais, mesmo tendo sido construído há um século, como uma das construções mais conservadas do centro histórico de São Paulo.
A partir dos anos 1930, o histórico edifício ficou conhecido como ‘a esquina musical de São Paulo’, por abrigar a Rádio Record, a editora Irmãos Vitale e a loja de instrumentos musicais Casa Bevilacqua.

Francisca é o nome da antiga dona do imóvel dos Jardins, morou nos anos 1930 no imóvel da Rua José Maria Lisboa., que foi trocado há um mês pelo recém-restaurado Palacete Teresa. Rubens Amatto e Rodrigo Luz abriram a Casa de Francisca em 2006, nos Jardins.Em dez anos, o local recebeu cerca de 2.300 shows. 

Casa de Francisca não tem bufê nem garçom. Subimos pela linda escada, pegamos um cartão, pagamos e fomos escolher nossa bebida/comida. Depois fomos até cozinha, pegamos uma bandeja de madeira, com talheres absurdamente charmosos e antigos e retiramos nossa comida.

Sem lugares marcados ou reserva antecipada, mantém o espírito que sempre imperou na Casa de Francisca à noite. "Entre e fique à vontade".

O cardápio executado pela Chef Kátia é rico em pratos de sabores bem combinados e sem finalizações.Os pratos podem acompanhar salada e sobremesa. Tudo por um custo médio entre 35,00 a 44,00.

Pedimos entrada de chips batata doce, ceviche e principal fomos de Ragu com Purê de Batatas.  E para beber, um chopp bem gelado e um chá de guaraná que estava delicioso.

E ainda acompanhamos um show da arquibancada. Atmosfera do local é incrível, muita história, comida reconfortante, música boa e ótimos preços.

CASA DE FRANCISCA 
Rua Quintino Bocaiúva, 22 Centro São Paulo
Telefone(11) 3052 0547
$$

Read More

Esther nas Alturas

O Edifício Esther, construído em 1930 foi o primeiro prédio moderno da cidade, um marco da Arquitetura Modernista no Brasil e é considerado um dos mais importantes edifícios de São Paulo. Pioneiro no uso misto, une combinações de unidades residenciais e comerciais na mesma torre.

Dizem que Di Cavalcanti morou ali e que o subsolo abrigou a extinta boate Oásis (frequentada por Assis Chateaubriand) e foi palco de reuniões que resultaram na criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo. E em 1990, foi tombado pelo Condephaat.

Um edifício de muitas histórias.

E sabendo da tradição do lugar, o Chef Olivier Anquier , seu irmão Pierre e o sócio Benoit Mathurin, inauguraram  na cobertura do edifício em agosto de 2016 o Esther Rooftop  Anquier já morou no prédio e provavelmente, enxergou uma bela oportunidade de unir história e excelente gastronomia.

Com varanda ao ar livre toda envidraçada, com vista para a Praça da República, paisagem maravilhosa de dia ou à noite.

Bar em Formato Triangular no meio do salão

Ir ao Esther rooftop é uma experiencia gastronômica, histórica e arquitetônica. Indico ir de metrô e descer na estação República, sairá em frente ao edifício. Na entrada(lobby) terá um funcionário que anotará seu nome e avisará o recepcionista do restaurante para que você suba pelo lindo elevador.






No salão você é muito bem recebido e se tiver sorte, terá lugar. Do contrário, à espera no balcão também é prazerosa, possuem uma carta de vinhos fantástica e drinks bem elaborados.

Benoit Mathurin junto ao Olivier comandam a cozinha que traz pratos como o Frango Recheado com gratinado de batata e crumble de brioche.



 

Sobremesas encerram o jantar de maneira surpreendente. Provei a Pavlova tropical,  feita com bolo merengue leve e muito aerado, coberto com creme de iogurte, mascarpone, baunilha, pedaços de manga e maracujá. E não pude sair, sem provar o carro chefe deles, o Brioche Esther trazida da época em que Benoit era Chef do restaurante Pierre,em Paris. Feita com sorvete de caramelo, flor de sal e peras em calda de caramelo. 

Terças e quintas acontecem shows de jazz e no almoço servem um ótimo menu executivo.Casa não tem manobrista e os estacionamentos próximos fecham às 23 horas. Portanto, vá de metrô ou de Uber.

Esther Rooftop

Praça Da República, 80

(11) 3256-1009

$$$$

Read More